terça-feira, 26 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sessão Fala Viela



Prezados colegas

no dia 10 de maio, no Alojamento José Fornari, o Nucleo Comunicação Marginal em parceria com a Casa Brasil Unidade São Bernardo, apresentaram o filme "Narradores de Javé" atraves de uma projeção publica em espaço aberto.
A sessão foi um grande sucesso, houve a participação de 60-70 moradores que trouçeram suas cadeiras de casa para garantir um assento para todos; os butecos do Alojamento se comprometeram em desligar o som durante a projeção para não obstacular o som do filme.

para ver mais fotos da sessão: www.christianpiana.com/cinemapequenas.zip

Zoom


queridos colegas

aqui está o link para poder baixar a apresentação de Slides que a Raquel usou no nosso ultimo encontro do Conselho Gestor:

www.christianpiana.com/Zoom.zip

“Da minha aldeia
vejo quanto da terra se pode ver o Universo....
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer.
Por que eu sou do tamanho do que vejo
e não do tamanho da minha altura...”

Fernando Pessoa

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sessão Fala Viela (Tapete Vermelho)





Estamos encaminhando o cartazes para divulgação da próxima sessão do "Fala Viela" que realizar-se-á na EE Yolanda às 19 horas. A Empresa Microbyte ofertará no dia "Algodão doce" aos participantes. A escola oferecerá tb lanche - pão com frango desfiado e suco. Para a organização café (tb), então, vamos nos preparando pra essa sessão. abraços.

Comissão de organização.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Jim Jarmusch e o cinema indipendente americano


aqui está a pagina Wikipedia sobre Jim Jarmusch um dos exponentes mais importantes do cinema indipendente americano. Um dos maiores sucessos dele é o filme Dead Man bang bang extremamente cheio de poetica.
No acervo de DVD's da Casa Brasil temos este filmes e podemos organizar uma projeção.


Jim Jarmusch (Akron, Ohio, 22 de Janeiro de 1953)Estudou na escola de cinema da Universidade de Nova Iorque, sem ter no entanto terminado os seus estudos. Optou antes por aproveitar o financiamento da bolsa de que dispunha para produzir o seu primeiro filme, Permanent Vacation.

A sua primeira grande produção ocorreu em 1982 com o filme Stranger Than Paradise, o que lhe valeu a aclamação da crítica pelo seu estilo próprio. Trata-se de um marco do cinema independente americano.

Em 1995, Jarmusch realizou Dead Man, um filme passado no Oeste da América do Norte no Século XIX, protagonizado por Johnny Depp e com Gary Farmer no elenco. Este filme viria a ser qualificado como Western, "anti-Western," e "pós-Western" por variados críticos. Além disso, é considerado como um dos poucos filmes filmados por um caucasiano capaz de transmitir de forma crível a cultura dos Índios Americanos. O filme foi filmado a preto e branco pelo director de fotografia Robby Müller e possui banda sonora composta e tocada por Neil Young.

Ed Wood e o cinema Trash



Aqui coloco umas informações sobre o diretor Ed Wood um dos mais importantes exponentes de cinema trash, considerado o pior diretor da historia do cinema, mas que ao longo dos anos conseguiu gerar um numero notavel de fãs no Mundo . No acervo de DVD's da casa Brasil temos um filme dele, se tiver pessoas interessadas podems programar uma projeção


Edward Davis Wood, Jr. (10 de Outubro, 1924 - 10 de Dezembro, 1978) foi um produtor e diretor estadunidense de filmes de terror, ficção científica e erótico. Seus trabalhos se destacaram pela inventividade frente aos limitados recursos técnicos e orçamentários dos quais dispunha. Com efeitos especiais considerados um tanto quanto duvidosos no que diz respeito à qualidade, tinha cenas muitas vezes apresentadas de forma descontínua, com reaproveitamento constante de material não utilizado em outras produções. O que de certa forma evidencia que para este diretor a principal linguagem era a imagética e não a linearidade do assunto em questão, o que acabava por gerar, segundo muitos especialistas do gênero, planos peliculares sem um sequenciamento cronológico padrão e tramas que seguiam este mesmo molde. Wood foi responsável pelos últimos filmes de Bela Lugosi, o célebre intérprete do Conde Drácula, de quem o diretor era grande admirador.

Ed Wood foi considerado por muitos críticos o "pior cineasta" de todos os tempos e do planeta inteiro. Apesar do descrédito por parte dos críticos de cinema, seus filmes acabam por manter um certo ar humorístico, contando hoje em dia com uma legião de fãs.

O filme de maior sucesso de Ed Wood foi filmado em 1956 sob o título original de Plan 9 From Outer Space (Plano 9 do Espaço Sideral). Muitos adoradores do cinema trash o celebram como um clássico cult. Na época de seu lançamento, no ano de 1959, Plano 9 do Espaço Sideral foi considerado o pior filme de todos os tempos.

Ed Wood costumava trabalhar com os atores caricatos como Tor Johnson (ex-lutador de luta livre sueco, cuja face se tornou uma máscara popular nas festas de Halloween) e o místico Criswell. Wood tinha obsessão por Maila Nurmi, atriz finlandesa que usava o nome de Vampira em um programa de TV que apresentava. Wood escreveu vários papéis para ela, mas Maila só aceitou filmar "Plan 9 From Outer Space". E mesmo assim, sem falas, conforme se viu no filme de Tim Burton de 1994 sobre o diretor.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Augusto Boal


Segue o discurso de Augusto Boal, criador do Teatro do Oprimido, durante o Fórum Social Mundial em Belém/PA.



"A mídia costuma publicar só o que é espetacular, sensacional, mesmo que tenha que esconder a verdade. Hoje, fala-se mais da cor da pele de Barrack Obama do que do seu projeto político, como ontem falou-se mais dos seios da Carla Bruni do que das idéias direitistas do seu marido Sarkosy.

A mídia tem dono, e reflete as opiniões do seu proprietário: o Fórum Social Mundial não tem dono, e deve refletir as nossas." Foro, Fórum, significa etimologicamente a praça pública, onde se pode discutir livremente. Este nosso Foro é mundial e deve, portanto, discutir os assuntos do mundo.

Temos que saudar o fim da era Bush e seus parceiros, mas ficar atentos à nova era que começa. Aplaudir os primeiros atos de Barrack Obama, mas analisá-los com cuidado. Aplaudir sua decisão de fechar Guantânamo, mas lembrar que isso não basta: é necessário restituir Guantânamo ao seu legítimo dono, que é o povo cubano. Aplaudir a ordem de acabar com a tortura, mas lamentar que os torturadores não sejam punidos por esse crime de lesa-humanidade e continuem nos seus postos de comando. Aplaudir o desejo do novo presidente em dialogar com todos os países, mas explicar que não queremos, como ele promete ou ameaça, não queremos ver o seu país liderando o mundo - essa tarefa não compete nem aos Estados Unidos nem ao Paraguai, mas sim à Organização das Nações Unidas que para isso foi criada e tantas vezes tem sido desrespeitada pelo país de Barrack Obama.

O Fórum é social, e temos que falar do genocídio dos palestinos. Temos que separar, de um lado, o cruel governo de Israel e, de outro, as centenas de milhares de judeus que com ele não concordam. Não devemos cometer a injustiça que se fez com os alemães, pensando que todos fossem nazistas, quando muitos morreram lutando contra Hitler e seus asseclas.

Milhares de judeus, dentro e fora de Israel, condenam e se envergonham do que fez e faz o seu governo, que representa tão somente aqueles que o elegeram, mas não o judaismo. Dentro de Israel existem organizações como a dos Combatentes Pela Paz, de Chen Allon, que condenam a invasão e denunciam seus crimes. Tenho orgulho em dizer que, para isso, usam o Teatro do Oprimido entre outras formas de combate.

No Oriente Médio já se inverteu a distribuição de papéis: se, ontem, Israel foi o pequenino David, hoje é o gigante Golias, filisteu. O novo Golias, apoiado pelos Estados Unidos, em 22 dias matou mais de 300 crianças e centenas mulheres e homens, civis ou combatentes. Eu chorei vendo a fotografia de um menino, um pequenino David palestino, jogando pedras contra um tanque de guerra. Se a lenda de David e Golias, ontem, foi apenas lenda, a história de Golias e David, hoje, é triste realidade: os 1.300 mortos ainda estão sendo retirados dos escombros, sem as solenes pompas fúnebres dos 13 soldados israelis. O Fórum e o mundo não podem esquecer esse crime antes mesmo que sejam enterradas suas vítimas.

Nosso Fórum é pluralista, e deve se manifestar contra o colonialismo italiano que ofende a nossa soberania, que tenta interferir nas decisões da nossa Justiça, como está sendo o caso da concessão de asilo a Cesare Battisti. Existe uma lei brasileira que proibe a extradição de pessoas condenadas em seus países à pena de morte ou à prisão perpétua. É este o caso, é esta a lei! O ministro Tarso Genro apenas cumpriu a lei - a lei brasileira. O presidente Lula foi claro explicando aos italianos as sólidas bases da nossa decisão, mas parece que eles não entenderam, nem disso são capazes. Por quê?

A Itália, que foi o berço do fascismo e deveria ser também a sua sepultura, mostra agora que a ideologia colonialista ainda está viva e pretende anular decisões soberanas do Brasil, invadindo o nosso Judiciário e querendo nos ensinar a diplomacia da obediência e da submissão. Temos que repudiar essa ofensa e libertar o prisioneiro!

Nosso Fórum é social, e a economia também. A maioria dos países que estão em crise, ou dela se aproximam, sempre disseram não ter dinheiro para melhorar a Educação, a Saúde, a Previdência Social. De repente, para socorrer seguradoras, bancos e montadoras, esses governos descobriram que tinham bilhões e trilhões de dólares, euros, iens e libras. Nosso Fórum tem a obrigação moral de interrogar os senhores da Davos: de onde veio esse dinheiro? Quem os escondia? Quanto sobrou? Onde estão?

O nosso Fórum Social também é brasileiro e é camponês: devemos saudar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST, que é o mais democrático e bem organizado movimento de massas que o Brasil já teve, e que completa agora 25 de lutas pela terra, luta que continua.

O Fórum Social Mundial não é daqueles que dizem Hay Gobierno? Soy Contra, e porque assim não é, deve se alegrar em receber tantos presidentes de tantas Repúblicas sulamericanas juntos neste evento: Evo, Correa, Kirchner, Chavez, Lugo e Lula. Nunca se viu fraternidade igual. Queremos agora ver os resultados concretos dessa irmandade.

Devemos, muito cordialmente, lembrar aos nossos presidentes que a Política não é a arte de fazer o que é possível fazer, mas sim a arte de tornar possível o que é necessário fazer!

Caminhar não é fácil! As sociedades se movem pelo confronto de forças, não pelo bom senso e justiça. Temos que avançar e, a cada avanço, avançar mais, na tentativa de humanizar a Humanidade. Não existe porto seguro neste mundo, porque todos os portos estão em alto mar e o nosso navio tem leme, não tem âncoras. Navegar é preciso, e viver ainda mais preciso é, porque navegar é viver, viver é navegar!

Eu sou homem de teatro e não posso deixar de falar de Arte e Cultura quando falo de Política, porque a Política é uma Arte que a Cultura produz.

Temo que, mesmo entre nós, muita gente ainda pense em arte como adorno, e nós dizemos: não é! A Palavra não é absoluta, Som não é ruído, e as Imagens falam. São esses os três caminhos reais da Estética para o entendimento: a palavra, o som e a imagem. São também os canais de dominação pois estão os três nas mãos dos opressores, não dos oprimidos: a Palavra dos jornais, o Som das rádios, as Imagens da TV e do cinema estadunidense, dominam nossos meios de comunicação e invadem nossos cérebros com seu pensamente único, seus projetos imperiais e suas mercadorias.

Acabou-se o tempo da inocência... o tempo da contemplação já não é mais. Temos que agir!

Palavra, imagem e som, que hoje são canais de opressão, devem ser conquistados pelos oprimidos como formas de libertação. Não basta consumir Cultura: é necessário produzi-la. Não basta gozar arte: necessário é ser artista! Não basta produzir idéias: necessário é transformá-las em atos sociais, concretos e continuados.

A Estética é um instrumento de libertação.

Eu felicito o nosso Ministério da Cultura pela criação de mais de mil Pontos de Cultura no Brasil inteiro, onde o povo tem acesso não só à Cultura alheia, mas aos meios de produzir sua própria Cultura sem servilismos, sua Arte sem modismos, porque entendemos que Arte e Cultura são formas de combate tão importantes como a ocupação de terras improdutivas e a organização política solidária.

Sonho com o dia em que no Brasil inteiro, e no inteiro mundo, haverá em cada cidade, em cada povoado ou vilarejo, um Ponto de Cultura onde a cidadania possa criar e se expressar pela arte, afim de compreender melhor a realidade que deve transformar. Nesse dia, finalmente, terá nascido a Democracia que, hoje, só existe em Fóruns como este!

Ser cidadão, meus companheiros, não é viver em sociedade: é transformar a sociedade em que se vive!

Com a cabeça nas alturas, os pés no chão, e mãos à obra!

Muito obrigado.
Augusto Boal - Belém do Pará - 31 de Janeiro de 2009


Fonte:
Ney Motta
Assessoria de Comunicação
Centro de Teatro do Oprimido - CTO


para saber mais sobre Augusto Boal atraves de Wikipedia

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Núcleo de Comunicação Marginal (Projeto Sessão Fala Viela)


Exibição de filme no alojamento do Jd. Silvina


No dia 10 de maio acontecerá no alojamento do Jd. Silvina, em São Bernardo do Campo, o primeiro evento do Núcleo de Comunicação Marginal. A Sessão Fala Viela consiste em uma série de sessões de cinema apresentados nas comunidades de São Bernardo do Campo – SP, com o propósito de democratizar e facilitar o acesso aos bens culturais e a produção audiovisual às populações que vivem a margem de sua própria história, excluídas ou com precárias condições de acesso a cultura. Serão apresentados os filmes: “A Ponte” e “Narradores de Javé”
As sessões acontecerão a céu aberto, em locais da comunidade (escolas, praças, associações comunitárias e etc.). Haverá interações com o autor do vídeo exibido e educadores problematizando questões relacionadas ao tema dos filmes. O objetivo é propor um espaço em que as pessoas se vejam estimuladas a conversar sobre a arte, sobre a vida comunitária, política e econômica e principalmente sobre suas raízes culturais, possibilitando a partir disso a autonomia intelectual dessas comunidades, que poderão desenvolver um olhar crítico e buscar suas próprias formas de interação dentre as diversas expressões da cultura, a fim de protagonizar as mudanças de suas comunidades.
As próximas apresentações ocorreram nos dias: 23 de maio às 19hs, na E.E. Profª. Yolanda Noronha do Nascimento; dia 07 de junho às 19hs na Biquinha, Vila São José, e dia 20 de junho, às 15hs na Casa Brasil – Centro Profissionalizante Padre Leo Comissari

O Núcleo de Comunicação Marginal é uma Organização da Sociedade Civil de interesse Público sem fins lucrativos em processo de construção. Somos um grupo de formação, conscientização e trocas de saberes com as comunidades de São Bernardo do Campo - SP. Marginal por que se propõe dialogar a margem da cultura de massas, cujo compromisso é, na maior parte das práticas, formarem consumidores e violentar suas raízes culturais.



Serviço:
“A Ponte” e “Narradores de Javé”
10/05/2009 – 19hs
Local: Alojamento da Avenida José Fornari – Jd. Silvina – SBC

Mais infos:

Ana Mesquita
9846-9506

Leonardo Duarte
9549-4995